Querem adoecer nosso amor

Amor não é doença. Doença é ausência de saúde. Eu não sou doente por ser homossexual, bissexual, transexual ou heterossexual. Minha sexualidade diz respeito ao que eu sinto e para quem eu sinto.
Quando nos empurram - sutil ou violentamente - uma sexualidade que nem sempre nos contempla, lutamos com todas as forças para aceitá-la.
Resistir à própria sexualidade é cruel e desgastante.
Sofremos muito até compreender e aceitar que não precisamos ceder à heterossexualidade compulsória. Nos sentimos doentes, pecadores, desviantes, promíscuos e incapazes de amar.
E só depois de muita dificuldade aprendemos a conviver com a desaprovação social e a lidar com o medo constante da violência física - as outras formas de violência a gente aprende a aguentar.
Rompemos laços que deixam marcas por muito tempo somente para assumir nossa sexualidade.
Todo esse processo ensina, de um jeito doloroso, que somos, sim, capazes de amar. Eu não sou pecadora, não sou promíscua, não sou diferente. E eu não sou doente.

Não quero cura para a minha sexualidade. Quero cura para a intolerância, para o preconceito.
E quero também o direito de amar quem eu quiser, porque amar é um direito humano e igual para todo mundo. E eu não vou abrir mão de lutar por ele.

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