A mensagem por trás de It


Um filme recorde de bilheterias, It consegue te fazer dar uns bons pulos da poltrona da sala de cinema. Eu, que achei que nunca faria parte dos clichês de quase derrubar a pipoca num susto, vi que isso é mais que compreensível, quando se assiste um palhaço assassino que pode chegar a oito vezes o tamanho de um ser humano comum. É o próprio tinhoso na tela!

O filme conseguiu unir críticas, humor e terror em suas quase 3 horas de duração, o que tornou equilibrado, nojento e despertou muita vontade de ir ao banheiro (se acompanhado de alguém pra segurar a sua mão e dizer que tá tudo bem do lado de fora da cabine).

A trama é muito rica em caráteres de personalidade; temos uma garota que é abusada pelo seu pai, mas que encontra conforto andando com um grupo de garotos que a protegem. Temos um rapaz (que tem cara de 30 anos, mas ainda está na escola por razões óbvias de reprovações) que faz bullying com os mais novos – entendemos depois que seu pai o criou de forma rígida e humilhante, justificando o filho ser como é (um bosta). Também temos o filho de um rabino, um judeu perfeccionista que teme o quadro de uma mulher de rosto deformado.  Conseguem perceber a riqueza do filme aqui?

Tirando o cara do bullying, o grupo dos nossos pequenos super-heróis se forma quando um novato de uns 13 anos estuda história e descobre a frequência com a qual ocorrem os sumiços das crianças (coisa que a polícia local falhou miseravelmente). Depois que ele mata um tanto de crianças, ele tira um cochilo de 27 anos e depois volta.

Bom, a questão é que It, o palhaço, utiliza-se dos medos e fraquezas de cada personagem para agir contra eles. Ele se alimenta disso, o que o torna cada vez mais saciado. Sabendo disso, o que as crianças fazem? Exato, elas pensam em matar o demônio que as persegue. E AÍ QUE A COISA FICA LINDA!

A mensagem que elas nos passam é: “Enfrente os seus medos”.

Numa cena genial em que elas o encurralam, o capiroto aparece de formas diferentes para cada uma delas; aparece como o pai da garota para ela, como a mulher deformada do quadro para o judeu, e assim vai para cada criança, mudando sua face para aquilo que mais as apavorava. Nisso, elas precisam golpeá-lo para que a Coisa parasse, para MATAR aquilo ali. Ao atingi-lo, elas perdem o medo. Sem medo, It não tem do que se alimentar, ficando com medo ele mesmo.

Desde o início, o diretor não poupou nossos corações; foram sustos atrás de sustos, alguns medos até foram criados, mas o final te desperta para algo muito maior:

Mate os seus medos!

Independendo do que seja, não deixe que os seus pavores te engulam, te suguem. Por mais apavorante que isso possa ser, enfrente, elimine, mate! Porque o seu próprio medo é o único poder que o seu adversário tem. Então mostre a ele como você luta!

____________
Deixe uma blogueira feliz, faça um comentário!
Assine o nosso blog e receba nosso texto direto no seu e-mail!

Quer escrever com a gente? Envie um e-mail para discursospedestres@gmail.com

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas